quinta-feira, 25 de outubro de 2012

HISTÓRIA DOS NÚMEROS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB


CERCÍLIO LOPES DA SILVA NETO

DOUGLAS RAMON SANTOS NOGUEIRA

IONE DE SOUZA BRITO

VANILSON GOMES DA SILVA





PROPOSTA DE ENSINO

Números




Carinhanha/ Bahia

Outubro de 2012





CERCÍLIO LOPES DA SILVA NETO

DOUGLAS RAMON SANTOS NOGUEIRA

IONE DE SOUZA BRITO

VANILSON GOMES DA SILVA



NÚMEROS
                                                                                                             Trabalho apresentado á disciplina
de História da Matemática, do
 curso de Licenciatura em Matemática
 EAD da Universidade do Estado da Bahia- UNEB.





Professor (a): Rosemeire Batistela

Tutor Presencial: Emanuela Gusmão

Tutor á distancia: Rosane Rodrigues





Carinhanha/ Bahia

Outubro de 2012


Números

- Origem e desenvolvimento dos números até os dias atuais;

As primeiras concepções de número datam de tempos tão remotos como o início da idade da pedra, a era paleolítica. Durante as centenas de milhares de anos (ou mais) deste período, os homens viviam em cavernas, em condições pouco diferentes das dos animais e as suas principais energias eram orientadas para o processo elementar de recolher alimentos onde fosse possível encontrá-los. Eles faziam instrumentos para caçar e pescar e desenvolveram linguagem para comunicação uns com os outros e enfeitavam suas habitações com certas formas de arte criativa.

Pouco progresso se fez no conhecimento de valores numéricos e de relações entre grandezas até que se deu a transição da mera coleta de alimentos para a sua produção; da caça e da pesca para a agricultura. Com esta transformação fundamental — uma revolução na qual a atitude do homem perante a natureza deixou de ser passiva para se tornar ativa — inicia-se um novo período da idade da pedra: o neolítico. Durante o neolítico existia uma atividade comercial considerável entre as diversas povoações promovendo a formação de linguagens. As palavras dessas linguagens exprimiam coisas muito concretas e pouquíssimas abstrações.

Não se tem dados suficientes para fixar o período da história primitiva em que foram descobertos os números cardinais. Os mais antigos documentos escritos mostram a presença do conceito igualmente na China, Índia, Mesopotâmia e Egito. Todos esses documentos contêm a questão “Quantos...?”. Esta questão pode ser respondida de forma mais adequada em termos de números cardinais. Portanto, quando esses documentos foram escritos, e provavelmente muito antes dessa época, o conceito de número cardinal já se tinha formado.

Na história, os números e os conjuntos numéricos não apareceram exatamente do modo como estão descritos nos livros didáticos. Os números naturais e racionais positivos são os tipos de números mais antigos e os inteiros negativos são os mais “jovens” por assim dizer. Através dos tempos, várias simbologias foram utilizadas para descrever números, incidindo, atualmente, na notação indo-arábica em quase todo mundo. Imagina-se que depois de ter utilizado os números para contar, medir, calcular, o homem começou a especular sobre a natureza e propriedades dos números. Desta curiosidade nasceu a Teoria dos Números, um dos ramos mais importantes da Matemática.

Um desenvolvimento mais formal da numeração se encontra na formação dos sistemas de numeração. Examinando-os mais antigos símbolos verifica-se o uso de uma única marca, para cada elemento. O procedimento de extensão é o que resultou nos sistemas de numeração atuais, que se baseiam num valor de uma posição e iniciam com a escolha de certo número como base.

 
- Um panorama sobre a distribuição dos conteúdos deste tópico no currículo de matemática no Brasil;

Os conteúdos de blocos de números apresentados nos PCN deveriam servi como base para a construção do currículo da escola.

A distribuição dos conteúdos no currículo da matemática está organizada em tópicos, tendo como objetivo reconhecer em cada um deles, quais competências, conhecimentos, hábitos e valores são socialmente essenciais para a melhoria da capacidade intelectual dos alunos, permitindo ao mesmo estimular à criatividade, o desenvolvimento do raciocínio lógico, a iniciativa pessoal, estabelecendo relação entre conteúdos de matemática com conteúdos de várias áreas do conhecimento havendo entre ambos a contextualização e a interdisciplinaridade com temas matemáticos de diferentes campos, e também de outras áreas do conhecimento.

 
- Panorama sobre a situação atual do ensino dos números e a história da evolução até os dias atuais; em termos de ensino e de aprendizagem;

Pode-se perceber que o ensino da matemática torna-se cada vez mais difícil, os alunos não conseguem compreender de forma adequada certo conteúdo. Com isso o professor precisa utilizar métodos que os incentive e desperte o interesse pela compreensão dos números, buscando formas lúdicas e diversificadas para melhorar o ensino aprendizagem.

Ao longo da história podemos observar o avanço da Matemática, a necessidade de contar e relacionar quantidades fez com que o homem desenvolvesse símbolos no intuito de expressar inúmeras situações. Diversos sistemas de numeração foram criados em todo o mundo no decorrer dos tempos, sendo os mais antigos originários do Egito, Suméria e Babilônia. Podemos também citar outros sistemas de numeração bastante conhecidos, como o Chinês, os Maias, o Grego, o Romano, o Indiano e o Arábico.

O homem criava situações interessantes na contagem de seus objetos, animais e etc., ao levar seu rebanho para a pastagem ele relacionava uma pedra a cada animal, no momento em que ele recolhia os animais fazia a relação inversa, no caso de sobrar alguma pedra poderia verificar a falta de algum animal.

Mas o homem buscava algo mais concreto, que representasse de uma forma mais simples tais situações. O surgimento dos números naturais (0, 1, 2, 3, 4...) revolucionou o método de contagem, pois relacionava símbolos (números) a determinadas quantidades.

Com o início do Renascimento surgiu a expansão comercial, que aumentou a circulação de dinheiro, obrigando os comerciantes a expressarem situações envolvendo lucros e prejuízos. A maneira que eles encontraram de resolver tais situações problemas consistia no uso dos símbolos + e –. Suponha que um comerciante tenha três sacas de arroz de 10 kg cada em seu armazém. Se ele vendesse 5 Kg de arroz, escreveria o número 5 acompanhado do sinal –; se ele comprasse 7 Kg de arroz, escreveria o numeral 7 acompanhado do sinal +.

Utilizando essa nova simbologia, os Matemáticos da época desenvolveram técnicas operatórias capazes de expressar qualquer situação envolvendo números positivos e negativos. Surgia um novo conjunto numérico representado pela letra Z (significa: Zahlen: número em alemão), sendo formado pelos números positivos (Naturais) e seus respectivos opostos, podendo ser escrito da seguinte forma: Z = {.,–3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,...}.

 
- Fundamentação teórica da utilização da história da matemática no ensino;

A História da Matemática pode ser um potente auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, com a finalidade de manifestar de forma peculiar as ideias matemáticas, situar temporalmente e espacialmente as grandes ideias e problemas, junto com suas motivações e precedentes históricos e ainda enxergar os problemas do passado, bem como encontrar soluções para problemas abertos.

A História da Matemática é considerada um tema importante na formação do aluno. Ela proporciona ao estudante a noção exata dessa ciência em construção, com erros e acertos e sem verdades universais, contrariando a ideia positivista de uma ciência universal e com verdades absolutas. A História da Matemática tem este grande valor, de poder contextualizar o saber, mostrar que seus conceitos são frutos de uma época histórica, dentro de um contexto social e político.

Se estabelecermos um laço entre o aluno, a época e o personagem relacionado com os conceitos estudados, se conhecerem as motivações e dúvidas que tiveram os sábios da época, então ele poderá compreender como foi descoberto e justificado um problema, um corpo de conceitos, etc. (VALDÉS, 2002, p. 18).


- Revisão de literatura de propostas já existentes a respeito da utilização da história da matemática para o ensino dos números:

A Associação de Professores de Matemática (APM) afirma que a História da Matemática é reconhecidamente importante na estratégia de dar significado aos conteúdos matemáticos expostos aos alunos. Exemplifica falando que para o 1º ciclo poderiam ser dadas sugestões para estudar outros sistemas de numeração significativos para as crianças, que se recorra a algoritmos com valor histórico para as quatro operações aritméticas e que se experimente o uso de unidades de medida diversas das do Sistema Internacional. Outra situação descrita pela APM refere-se ao 2º ciclo, onde se poderia utilizar o cálculo do perímetro da Terra, desenvolvido por Eratóstenes, pois abrange o trabalho com ângulos, noções de cálculo, proporcionalidade e paralelismo. Em se tratando do 3º ciclo, a APM cita o acontecido com Sócrates, onde o último explica a um escravo a relação existente entre o lado do quadrado e a diagonal da mesma, “através da comparação das áreas de dois quadrados; ou o método utilizado por Arquimedes para calcular valores aproximados de π, por enquadramento de uma circunferência em duas sucessões de polígonos”. (APM, 2007, p. 15).

O uso da história da matemática é uma ótima alternativa para despertar o interesse nos alunos, auxiliando na compreensão da construção de conceitos e dar suporte para a elaboração de aulas mais atrativas e significativas para os alunos. Diante disso, muitos autores corroboram sobre a importância da utilização da história da matemática no processo ensino – aprendizagem. Há que se ressaltar ainda, os argumentos a favor do uso didático da história da matemática segundo Lins e Gimenez:

Um bom trabalho aritmético, para a prática do professor é: reconhecer a necessidade de uma mudança curricular que sirva para desenvolver um sentido numérico; integrar diversos tipos de raciocínios na produção de conjecturas; assumir o papel dos distintos cálculos, que não se reduzam a obtenção de resultados, e contribuam para aprimorar processos como planificar, desenvolver estratégias diferentes, selecionar as mais adequadas; fomentar uma avaliação que contemple a regulação e o controle constante do processo de ensino proposto. (LINS; GIMENEZ, 1997, p. 12).


- Proposta para o ensino dos números utilizando o recurso da história da matemática;

A história da matemática pode estar presente na sala de aula em vários contextos diferentes, pode ser apresentada de forma lúdica com problemas curiosos, “os enigmas”, como fonte de pesquisa e conhecimento geral, como introdução de um conteúdo ou atividades complementares de leitura, trabalho em equipe e apresentação para o coletivo. Também pode apresentar a matemática com uma gama de possibilidades de atividades diferenciadas que vão muito além das infindáveis sequências de exercícios e memorização de métodos e fórmulas.

Com a história da matemática, tem-se a possibilidade de buscar uma nova forma de ver e entender a matemática, tornando-a mais contextualizada, mais integrada com as outras disciplinas, mais agradável, mais criativa, mais humanizada.

Segundo D Ambrósio:

As ideias matemáticas comparecem em toda a evolução da humanidade, definindo estratégias de ação para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse fim, e buscando explicações sobre os fatos e fenômenos da natureza e para a própria existência. Em todos os momentos da história e em todas as civilizações, as ideias matemáticas estão presentes em todas as formas de fazer e de saber. (D’AMBRÓSIO, 1996, p. 97).

Aprofundando a questão do uso da história da matemática em sala de aula, podemos utiliza a seguinte atividade.

Projeto de Contação de Histórias (da Matemática);

Nessa atividade mensal, cada dupla de aluno recebe uma reportagem de uma revista de circulação mensal, a qual contém uma seção sobre um breve tópico da história da matemática. Após a leitura, interpretação e discussão do texto, os alunos fazem o relato escrito do que leram e, na sequência, contam para a turma.

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Referências:

Mundo da Educação - http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/o-surgimento-dos-numeros-inteiros.htm

Divulga Matemática - http://divulgamatema.blogspot.com.br/2011/10/proposta-de-ensino-dos-numeros_31.html





sexta-feira, 19 de outubro de 2012

BIOGRAFIA DE ARQUIMEDES






UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

GEAD – GESTÃO DOS PROJETOS E ATIVIDADES EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA À DISTÂNCIA

DISCIPLINA: História da Matemática PROFESSORA FORMADORA: Rosemeire de Fátima Batistela

Alunos: Vanilson Gomes da Silva, Douglas Ramon Santos Nogueira e Cercílio Lopes da Silva Neto.



BIOGRAFIA DE ARQUIMEDES


CARINHANHA 2012


Arquimedes teve como pai o astrônomo Fídeas e parentesco com o rei Híerom 2°, de Siracusa, sendo considerado o maior matemático da antiguidade no qual Plutarco ministrou uma sabedoria acima da média. Nasceu em Siracusa, hoje Itália, no ano de 287 a.C. e foi morto no ano de 212 a.C. por um soldado romano ao recusar-se a renunciar um problema matemático no qual estava afundado. Foi matemático, engenheiro, físico, inventor e astrônomo. Estudou em Alexandria, onde teve como professor Canon de Samos, provavelmente sucessor de Euclides, pouco se tem relatado sobre a infância de Arquimedes.

Dos seus mais famosos livros podem-se denotar: Equilíbrios Planos, que fundamentou a lei da alavanca, concluindo-o por intermédio de alguns postulados, determinou o centro de gravidade de paralelogramos, trapézios, retângulos e de um seguimento de parábola; sobre a esfera e o cilindro, Arquimedes utilizou um método que ficou conhecido como exaustão, antecedente do cálculo integral, para determinação da superfície de uma esfera e para determinar a ligação entre uma esfera e o cilindro circunscrito na esfera.

Das várias descobertas de Arquimedes, podemos citar também a polia composta, que de certa forma colaborou para propagação de sua fama.

Entre os fatos mais famosos de sua vida, o mais eminente é o problema da coroa do rei Híeron que incide bem o caráter desse matemático formidável. O rei Híeron almejava oferecer aos deuses uma coroa de ouro e, logo, contratou um ourives, no qual forneceu uma fração de prata e outra de ouro em pó. Quando recebeu a coroa o rei, percebeu que não havia sido empregado na confecção da coroa todo ouro em pó que ele tinha entregado ao ourives. Não tendo condições de provar o furto, o rei Híeron procurou Arquimedes.

Arquimedes sempre preocupado com os problemas que lhe eram apresentados, observando um belo dia, quando tomava banho, que, à medida que seu corpo mergulhava na banheira, a água subia pelas as bordas. Rapidamente descobriu a maneira que poderia empregar para resolver o problema do rei. O historiador Vitrúvio falou que, diante da descoberta, Arquimedes teria saído pelas ruas, totalmente despido, gritando, encontrei!, encontrei!. Em seguida, Arquimedes preparou dois blocos, um de ouro e outro de prata, ambos com o mesmo peso da coroa. Mergulhando cada um separadamente, em duas vasilhas cheias d’água, e mediu a quantidade de água que transbordou de cada vasilha. Assim por meio desse processo, verificou que os volumes d’água deslocada pelos dois blocos eram diferentes, concluindo por estabelecer, com certa precisão, as massas de ouro e de prata empregadas na confecção da coroa de Hieron. Dessa maneira, Arquimedes determinou os pesos específicos do ouro e da prata, resolvendo o problema do rei.

Dentre as experiências que Arquimedes experimentou, ela lhe deu condição de chegar a deduções importantes, dessa forma entrou para a história como “Princípio de Arquimedes”: Todo corpo mergulhado num líquido recebe um impulso de baixo pra cima igual ao peso do volume do líquido deslocado. Assim os corpos com mais densidade do que a água afundam e os com menos densidade flutuam.

Arquimedes foi quem deu início a matemática moderna, a sua primeira edição impressa com texto em grego, acompanhava observações de Eutocio, grego e geômetra, sendo publicada na Basiléia, no ano de 1544, com vários relatos e manuscritos de suas descobertas e invenções. Sendo que muitas das descobertas foram reproduzidas no decorrer dos séculos e muitos manuscritos certamente se perderam por falta de conservação da história desse grande matemático.

Numa de suas descobertas chamada de “quadratura da parábola” ele demonstra que a área de um seguimento da parábola é equivalente a 3/4 da área do triângulo com mesma base e de mesma altura do seguimento.

Outra grande demonstração de Arquimedes foi à relação entre o comprimento da circunferência e o seu diâmetro, ele a prova no tratado chamado medida do circulo. Ao calcular os perímetros de dois polígonos de 96 lados, sendo que um dos polígonos inscrito e o outro circunscrito, Arquimedes demonstrou que o resultado dessa relação era igual 3+ 1/7>π>3+10/71. Assim era representada pela letra grega π.

Essa biografia foi de grande importância para nossa formação como graduando em matemática, pois é fundamental que um futuro professor de matemática tenha conhecimento da história daqueles que contribuíram para a matemática que temos hoje. Assim, poderá ensinar seus futuros alunos bem e melhor, contribuindo com a formação de cidadãos conscientes e capazes numa sociedade cada vez mais exigente.


Referências:

PACIEVITCH, Thais. InfoEscola Navegando e Aprendendo. Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/arquimedes/. Acesso em 8 de outubro de 2012.

Portal São Francisco. Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/biografia-de-arquimedes/biografia-de-arquimedes.php. Acesso em 9 de outubro de 2012.

Uol Educação. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/arquimedes.jhtm. Acesso em 8 de outubro de 2012.